Consumo de Chocolate para Pacientes Diabéticos!
Estamos quase na Páscoa e os supermercados já estão com seus “túneis” de ovos de chocolate montados, o que chama a atenção e aumenta a vontade de degustar essa guloseima. Mas e o paciente que convive com diabetes mellitus? Também pode se deliciar com chocolate? Não só pode, como deve! Mas alguns cuidados devem ser tomados.
O chocolate é feito de cacau, planta que como o chá-verde é rica em flavonoides. Estes compostos fenólicos são potentes antioxidantes e anti-inflamatórios naturais. Estas substâncias quando consumidas regularmente têm o potencial de trazer uma série de benefícios ao cérebro, coração, vasos e metabolismo.
Além da melhora da função cognitiva, alguns estudos sugerem que o consumo de chocolate possa ajudar a combater sintomas depressivos. Alguns estudos também mostraram que aumentar o consumo de chocolate amargo em pelo menos 50 gramas por semana foi capaz de reduzir o risco de isquemias e hemorragias cerebrais em até 27%! Vale lembrar que pacientes diabéticos apresentam risco maior para estas doenças.
Outras análises mostraram que o consumo de apenas 28 gramas de chocolate amargo uma ou duas vezes por semana se associou a um risco 32% menor de insuficiência cardíaca e evidenciaram melhora na função do endotélio (camada interna dos vasos) e da função das plaquetas (responsáveis pela coagulação do sangue). Ou seja, o chocolate também tem potencial de reduzir infartos e mortalidade por doença coronariana – e as doenças cardiovasculares são as principais causas de morte em pacientes com diabetes mellitus.
Analisando uma extensa revisão da literatura publicada, constata-se também que o consumo de chocolate ajuda a reduzir a pressão arterial. Além disso, os chocolates com mais de 60% de cacau, apesar de possuírem gorduras saturadas, são capazes de reduzir os níveis de colesterol LDL (ruim) e aumentar os níveis de HDL (colesterol bom). Por fim, existem evidências de que os polifenóis melhoram a função das células beta do pâncreas, melhorando o metabolismo glicêmico.
Gostou das notícias? Isto é, dentro de uma alimentação equilibrada, os antioxidantes do chocolate poderiam fazer parte da rotina do indivíduo diabético.
Contudo, todos os estudos que mostraram benefícios, sempre usaram as versões “amargas” do chocolate, ou seja, com alto teor de cacau (60% ou mais). As versões ao leite e branco são ricas em açúcar e gorduras adicionadas (diferentes do ácido esteárico do cacau), além de serem pobres nos benéficos polifenóis, ou seja, podem ser prejudiciais à saúde e devem ser evitadas principalmente por pacientes diabéticos.
Nesta Páscoa peça ao Coelho chocolates com alto teor de cacau e não abuse! Apesar de bom para saúde, o chocolate amargo ainda é um alimento calórico, ou seja, em excesso pode aumentar o peso.
Beijos,
Dra. Camila Alves
Nutricionista CRN10 4516
Contato: Spaço DuoCorpo (47) 9107.7297 / Email: camilaalves.ntr@hotmail.com
0 comentários
cjldo2013
Reblogado ao maismaismedicina.wordpress.com