Outros,  Vida Saudável

Amamentação, a arte de nutrir!

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Agosto é o mês de incentivo à amamentação infantil, porém durante o ano todo devem-se frisar as importâncias que esse ato de amor tem para os bebês. São muitas as preocupações das mulheres com a alimentação durante o período gestacional.

Após o nascimento, a mãe que amamenta seu bebê, torna-se uma nutriz, e precisa seguir orientações fundamentais para que o aleitamento materno transcorra com tranquilidade e qualidade pelo menos até os 6 meses de vida da criança. Mas a ansiedade maior é em relação ao peso. As novas mamães têm a primeira pergunta na ponta da língua: “quanto tempo vou demorar a voltar ao peso normal, que tinha antes da gravidez?”.

Devido ao aumento de gasto energético, a mulher que está amamentando necessita de um aporte maior de energia. No período de aleitamento exclusivo, ou seja, o bebê não consome nenhum outro alimento ou líquido, o depósito de gordura que a mãe acumulou durante a gestação, também é utilizado para fornecer energia para a produção do leite. Por isso, quanto mais a mulher dar o peito exclusivamente, maior será o gasto energético dela e, conseqüentemente, o depósito de gordura se reduzirá.

Visando a manutenção da saúde e a produção de leite humano em quantidades suficientes e com adequada concentração de nutrientes, a melhor dica é consumir uma alimentação saudável. Não é hora de restringir o consumo calórico para perder peso! Com acompanhamento nutricional adequado a nutriz poderá seguir um plano alimentar que proporcionará eliminação gradativa do peso adquirido na gestação sem, no entanto, prejudicar a quantidade e qualidade nutricional do leite produzido.

As recomendações de carboidratos, proteínas e gorduras deverão estar aumentadas, mantendo-se a proporção, ou seja, 50 a 60% do total de calorias da alimentação deve vir dos carboidratos, 25 a 30% das gorduras e de 15 a 20% das proteínas.  A ingestão de água e outros líquidos, como sucos e chás sem açúcar, pode chegar a 3,0 litros ao dia. A prática de atividades físicas e o aumento da temperatura ambiente poderão aumentar ainda mais essa necessidade recomendada, o que deverá ser avaliado individualmente.

Vale lembrar, que qualquer bebida alcoólica, inclusive cerveja preta, não é recomendada durante o período de lactação, para que evite alterações de comportamento da criança, bem como outros efeitos tóxicos. Deve-se também restringir o consumo de bebidas e alimentos com cafeína: café, refrigerantes, chocolate, chá mate.

Outro assunto polêmico é que muitas mães observam que, quando comem determinados alimentos, o bebê fica mais irrequieto e com sintomas de cólica.  Confie na sua observação. Se o bebê ficou irritado a troco de nada, pense no que você comeu nas últimas horas e experimente eliminar esse alimento da sua dieta por alguns dias, para ver se melhora. Depois, você pode fazer o experimento contrário, e comer o alimento suspeito para ver se o bebê sente alguma coisa.

Após a suspensão da amamentação um plano alimentar deve ser realizado, visando repor a reserva de nutrientes utilizados nesse período. Mas lembre-se que essa fase é decisiva para a saúde do seu bebê. Não acelere o desmame. Preocupe-se em estar bem, mas leve sempre em consideração de que seu filho depende de você para crescer com toda a vitalidade.

Beijos,

Dra. Camila Alves

Nutricionista

CRN10 4516

Contato: Clínica LeVie  (47) 3372-0313

 

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